Terapia de reorientação sexual

A “terapia de reorientação sexual”, ou “de conversão”, ou “reparativa” ou ainda “cura gay”, são métodos que visam eliminar a orientação sexual homossexual de um individuo. O homossexualismo sempre foi tido como uma patologia, até que em mil novecentos e noventa a oms resolveu tirar de sua lista de doenças mentais.
Hoje, homens de Deus como o deputado federal e pastor Marcos Feliciano, que conseguiu a aprovação do fim dessa emenda, caso o leitor não saiba do que se trata, mostrarei a seguir:
“Art. 2º - Os psicólogos deverão contribuir, com seu conhecimento, para uma reflexão sobre o preconceito e o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra aqueles que apresentam comportamentos ou práticas homoeróticas;
Art. 3º - os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados;
Parágrafo único - Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades;”
Portanto, acredito terrível a pessoa querer ser normal e o governo proibir o profissional de tratar o paciente de tal patologia. O leitor pode alegar que o gay não é doente. Nem tudo que é tratado num consultório pode ser considerado uma doença. Uma pessoa que fala alto pode recorrer a um profissional para reverter qualquer hábito, quer dizer, qualquer hábito que não seja a homossexualidade, senão o CFP irá cassar o registro do psicólogo.
Em segundo lugar A PDL 234 é fundamental por que ela assegura o direito dos cidadãos gays de poderem tratar suas sexualidade. Se um hétero deseja deixar de ter comportamentos héteros, pode recorrer a um psicólogo, mas a decisão do Conselho Federal de Psicologia proíbe um gay de ter sua sexualidade tratada por um psicólogo. Sendo assim, é criado um mecanismo para que um homossexual deixe de gozar de um direito que é permitido aos héteros.
Por favor deputados, façam valer sua luta pelos direitos humanos e não tirem o direito de homossexuais viverem conforme a sua escolha. Se um homossexual quer deixar de ser gay, esse é um direito dele e deve ser respeitado. Não cabe ao Estado proibir um gay de ser gay, ou de tentar ser hétero, ou até mesmo de ser enrustido. A vontade de todos deve ser respeitada para que possam determinar o rumo de suas vidas.
Nenhum Conselho de Psicologia de nenhum país desenvolvido ameaça ou cassa o registro de um psicólogo atender um paciente, que, por sua própria vontade, quiser ser tratado. Ao se intrometer na relação do paciente e do psicólogo, o CFP adotou uma postura autoritária que fere os direitos profissionais dos psicólogos.
Uma pessoa pode procurar um psicólogo para tratar de qualquer nuance de sua personalidade, inclusive sua sexualidade. Se o paciente quiser deixar de ser sadomasoquista, pode ser atendido. Se ele quiser deixar de ser podófilo, pode ser atendido. Enfim, qualquer nuance da sexualidade humana pode ser tratada por um psicólogo, mas a decisão do CFP cassa os registros dos profissionais que tratarem da homossexualidade. Por que motivo apenas a homossexualidade tem o privilégio de não poder ser tratada? Será que a única conduta sexual que deve ser intocável é a homossexual?
Todos sabemos que vivemos numa sociedade heteronormativa. Muitos gays são muito felizes sendo gays, mas existem outros que não são, às vezes por aceitação, por fatores psicológicos ou sociais. Sendo assim, muitos acabam tendo vontade de amenizarem suas pulsões homossexuais para se adequarem ao meio em que vivem e sofrerem menos preconceito. De acordo com a decisão do CFP, esse tipo de homossexual não poderá recorrer aos serviços de um psicólogo para tratar de sua demanda.
A proibição nunca acaba com a procura. É evidente que essa medida facista de cercear os direitos profissionais e o direito de escolha dos gays não irá diminuir a vontade de muitos homossexuais de deixarem a homossexualidade. Como o CFP dificultará a vida desses homossexuais, muitos deles irão ser obrigados a recorrer a religiões, onde irão na esperança de serem “exorcizados”. O único resultado dessa decisão do CFP é humilhar homossexuais, obrigando-os a recorrerem a pseudo-psicólogos sem registro, que evidentemente não possuirão condições para tratá-los.
Existem casos de pessoas relatam que conseguiram deixar a homossexualidade. Instituições americanas que tratam a homossexualidade relatam que cerca de 30% das pessoas que os procuram conseguem obter resultados, pelo menos por algum período. Se um heterossexual pode deixar de ser heterossexual, por que um homossexual não poderia deixar de ser homossexual? Por acaso a homossexualidade é algo santo para que, ao contrário da heterossexualidade, não possa ser mudada ou revertida?
Pensem numa pessoa que se descobre homossexual. Ex: um padre. Imagine todos os problemas que a homossexualidade poderia oferecer a um padre honesto. Imagine que ele, desesperado, resolva procurar a ajuda de um psicólogo. Segundo a decisão do CFP, o psicólogo que aceitar tratá-lo perderá o registro. Imagine que um psicólogo evangélico aceite esse paciente. Esse psicólogo perderá sua forma de sustento apenas por aceitar tratar um paciente que o procura para tratar sua sexualidade.
Art. 4º – Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.”
O que diabos é isso? Isso é uma censura escancarada por parte do CFP. Quer dizer que um psicólogo agora não vai poder expressar sua opinião, pois qualquer coisa que for tida como “homofóbica” – mesmo que não seja – irá cassar seu registro. ABAIXO A DITADURA! VIVA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO!

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